Metodologias de análises de risco constituem-se em um conjunto de métodos e técnicas que, aplicados às atividades desenvolvidas, identificam os cenários possíveis de ocorrência de acidentes, considerando seus efeitos e consequências.

Exemplos de algumas metodologias: Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR); ″What-if (E SE)″; Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP); Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA/FMECA); Análise por Árvore de Falhas (AAF); Análise por Árvore de Eventos (AAE); Análise Quantitativa de Riscos (AQR) e o Método dos Eventos Adversos.

A análise de risco é uma ferramenta para análise crítica da tarefa e da atividade, objetivando a identificação de riscos potenciais e aplicação de medidas de controle para a preservação da segurança e saúde dos trabalhadores, de terceiros e do meio ambiente.

A metodologia da organização para a identificação de perigos e para a avaliação de riscos deve:

Ser proativa em vez de reativa, pois como diz a sabedoria popular, se a vaca já foi para o brejo, não adianta fechar a porteira. Mas em segurança, sabemos que adianta sim, temos que salvar o resto do rebanho.

Fornecer subsídios para identificação, priorização e documentação dos riscos, bem como para a aplicação dos controles apropriados.

Ao determinar os controles ou as mudanças nos controles existentes, deve-se considerar a redução dos riscos de acordo com a seguinte hierarquia:

a) eliminação: questionar as velhas maneiras consagradas de fazer as coisas, se elas envolverem riscos. As condições em que um trabalho é executado podem ter sido consideradas adequadas quando de sua concepção, mas podem ser hoje inaceitáveis.

b) substituição: por exemplo, podemos evitar o contato da pele com o óleo de corte se adotarmos o processo de produção “à seco” com a aplicação de técnicas de forja, fundição em moldes etc., ao invés da usinagem tradicional, ou ainda, a substituição dos materiais utilizados como a troca do gás freon (diclorodifluorometano – nocivo à camada de ozônio) pelo gás propano como propelente das latas de aerossol.

c) controles de engenharia (desenvolvimento de métodos alternativos e do uso da tecnologia) como por exemplo o enclausuramento de máquinas, uso de ventilação exaustora que retire o contaminante antes que ele atinja as vias respiratórias do trabalhador, e a mecanização de atividades perigosas ou exaustivas.

d) controles administrativos: procedimentos, treinamento e estabelecimento de competência mínimas para a execução do trabalho. Inclui a sinalização horizontal e vertical, sinais de advertência e alarme, permissão de trabalho, controle de acesso, etiquetagem, inspeção etc.

e) os equipamentos de proteção individual deverão ser usados sempre que as medidas de proteção coletiva não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais, ou enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas ou ainda no atendimento a emergências. Os EPIs muito embora mitiguem os efeitos das energias perigosas, não devem e não podem ser considerados como garantia absoluta de proteção ao usuário.

Decio Wertzner – Setembro 2021

 

 

 

 

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